Evitemos que as religiões produzam medos, pede autoridade vaticana
Quinta-feira, 21 de Novembro de 2013
O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, explicou desde Viena o 18 de novembro que “há que evitar absolutamente, que as religiões engendrem medos e atitudes de superioridade ou exclusão”.
O Cardeal Tauran visitou Viena com motivo da conferência “A imagem do outro”, organizada pelo Centro Internacional para o Diálogo Interreligioso e Cultural “Rei Abdulah Ben Abdelazid”, (KAICIID), uma associação fundada pela Santa Sede, Espanha, Arábia Saudita e Áustria, para permitir, autorizar e fomentar o diálogo entre os seguidores de diferentes religiões e culturas ao redor do mundo.
A conferência fez ênfase na educação com o objetivo de sensibilizar às jovens gerações para que tenham uma imagem objetiva, honesta e correta umas de outras, com cuja perspectiva, espera-se abordar em suas próxima edições estes temas ao longo de três anos.
A tarefa do KAICIID deve ser a promoção de “a inteligência do coração” –disse-, que nos inspira a respeitar tudo o que Deus faz em cada ser humano e, ao mesmo tempo, o mistério que cada ser humano representa.
Com este fim, o Centro pode representar “um lugar onde conhecer-se melhor e compartilhar capacidades para poder construir um mundo mais seguro e alumiado, no que todos seus habitantes vivam em espírito de fraternidade”, adicionou.
Assinalou que o diálogo interreligioso “nos ensina a prestar atendimento para não dar das outras religiões uma imagem negativa em lugares como as escolas e as universidades, através dos meios de comunicação ou, sobretudo, nos discursos religiosos. Ensina-nos a não diminuir as convicções religiosas dos outros, especialmente quando estão ausentes. Ensina-nos a considerar a diversidade em todos seus aspectos, - étnico, cultural, ou de visão do mundo- como uma riqueza e não como uma ameaça”.
“No centro de nossas preocupações -prosseguiu- está a pessoa humana, homens e mulheres. São eles o objeto de atendimento dos líderes políticos e religiosos. Cada um de nós é um cidadão e um crente e não um cidadão ou um crente. Todos pertencemos à mesma família humana. E isto significa que compartilhamos a mesma dignidade, enfrentamos os mesmos problemas, gozamos dos mesmos direitos e estamos chamados a cumprir o mesmo dever”, concluiu.
A próxima edição do KAICIID estará dedicada ao contexto de “os meios de comunicação” e a última, que se celebrará em 2015, terá como protagonista “internet”.
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