Eu quero te amar para sempre, um grande desafio dos casais namorados hoje
Sábado, 18 de Janeiro de 2014
Tempos difíceis para os jovens! No terceiro milênio, eles vivem uma época em que a família sofre um ataque sem precedentes.
Ouve-se falar cada vez mais de divórcios-relâmpago, de uniões civis, de coabitação, de casamentos temporários... Felizmente, nem tudo é apenas isso. Para muitos jovens, vem chegando um evento importante: o encontro do papa Francisco com os namorados, no dia 14 de fevereiro, festa de São Valentim, na Sala Paulo VI do Vaticano. Grande parte dos países celebra nessa data o dia dos namorados, equivalente ao 12 de junho no Brasil.
O encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Família, terá um belo tema: "A alegria do sim para sempre", alegria que, nos últimos anos, parece ameaçada por uma triste não-cultura da impermanência e do não-compromisso.
Até as palavras "namorado" e "namorada" estão ameaçadas de extinção. Hoje se diz, simplesmente, que "estamos juntos". É verdade que duas pessoas que se amam “estão juntas”. Mas a expressão esconde um engano: ela exclui a perspectiva de futuro. É uma expressão fria, anônima, insignificante, que resume a falta de planejamento de certas relações de hoje.
Nos últimos anos, difundiu-se a “moda” de coabitar, que raramente leva os jovens até o casamento. O casal vaga durante anos num limbo sem rumo, recusando-se a assumir e formalizar a própria responsabilidade. Há pessoas que dizem: "Estamos bem assim, não precisamos de casamento. O importante é o amor".
Por trás de afirmações como esta, esconde-se, muitas vezes, uma amargura profunda, mascarada pela mentira do "estamos bem". Em muitos casos, nas uniões “de facto”, há uma pessoa que gostaria de se casar e outra que nem quer ouvir falar em casamento. A pessoa que quer se casar sofre com esta situação passivamente, por hábito ou por medo de acabar sozinha. E o “amor” se transforma em chantagem, em ditadura esquálida.
O amor verdadeiro é outra coisa. Amar significa, sem nenhuma dúvida, comprometer-se.
Significa também, e acima de tudo, ser capaz de ver o outro como um ser humano, não como um objeto a ser usado e jogado fora quando não servir mais.
O desejo de amar e ser amado nasce frequentemente para preencher um vazio ou para satisfazer as próprias necessidades. Mas depois, na hora do comprometimento, do sacrifício pessoal, começam os problemas. Há uma tendência a fugir, a não assumir a responsabilidade.
No encontro com os jovens da Umbria, em 4 de outubro de 2013, o papa Francisco disse: "O que é o casamento? É uma verdadeira vocação, como o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconhecem na sua história de amor o chamado de Deus, a vocação para formar, a partir de dois, o masculino e o feminino, uma só carne, uma só vida. E o sacramento do matrimônio envolve esse amor com a graça de Deus, enraizada no próprio Deus. Com este presente, com a certeza deste chamado, pode-se começar com segurança, sem medo de nada, enfrentando tudo juntos!".
Neste dia de São Valentim, milhares de jovens se reunirão em Roma para testemunhar a "alegria do sim para sempre", que está enraizada no coração de cada um deles.
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