13 de Novembro de 2025

Equador: Correa recusa ideologia de gênero e afirma que defender a família é questão moral

Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2014 Equador: Correa recusa ideologia de gênero e afirma que defender a família é questão moral

Em seu último comício político de 2013, realizado o 28 de dezembro, o presidente de Equador, Rafael Correa, criticou a ideologia de gênero que “academicamente não resiste a menor análise”, pois destrói à família, e assegurou que seu defesa da família e sua oposição ao aborto “não tem nada que ver com esquerda ou direita” senão que é uma questão moral.

Rafael Correa assegurou que “uma coisa é o movimento feminista por igualdade de direitos, que o apoiamos de todo coração. Mas de repente há uns excessos, uns fundamentalismos nos que se propõem coisas absurdas. Já não é igualdade de direitos, senão igualdade em todos os aspectos, que os homens pareçam mulheres e as mulheres homens. ¡Já basta!”.

O presidente equatoriano criticou a ideologia de gênero que “se ensina em alguns colégios e que mantêm algumas asambleístas nossas”. “Eu respeito muito isso, mas o que também não é correto é que o tratem de impor suas crenças a todos”, demandou.

O que propõe esta ideologia, assinalou Correa, é que “basicamente não existe homem e mulher natural, o que o sexo biológico não determina ao homem e à mulher, senão as ‘condições sociais’. E que um tem ‘direito’ à liberdade de eleger inclusive se um é homem ou mulher. ¡Vamos, por favor! ¡Isso não resiste a menor análise! ¡É uma barbaridade que atenta contra tudo! Leis naturais, contra tudo”.

Correa assinalou que apóia a igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas não “igualdade em todos os aspectos, porque somos graças a Deus homens e mulheres diferentes, complementares, e não é que se trate de impor estereótipos, mas que bom que uma mulher guarde seus rasgos femininos, que bom que um homem guarde seus rasgos masculinos”.

“Eu prefiro a mulher que parece mulher, e creio que as mulheres preferem os homens que parecemos homens”, assinalou.

Rafael Correa vaticinou que por defender a família e opor-se ao aborto “vou ser o ‘carvernícola’, que não estou à vanguarda do pensamento civilizatório. A outros com esses contos. Todos lutamos pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas outra coisa são estes movimentos feministas fundamentalistas que já procuram que homens e mulheres sejam igualzinhos”.

“E lhes insisto, essa ideologia, para mim, é peligrosísima”, remarcou, e advertiu que “não são teoria, é pura e dura ideologia, muitas vezes para justificar o modo de vida daqueles que geram essas ideologias. Que os respeitamos como pessoas, mas não compartilhamos em absoluto essas barbaridades que academicamente sim o posso dizer, são barbaridades que não suportam a menor análise e que destroem a base da sociedade, que segue sendo a família convencional”.

Correa, quem se considera um político de esquerda, criticou aos setores que consideram que “quem não se adscribe a estas coisas não é de esquerda, se um não é pró aborto não é de esquerda”.

“Isso não tem nada que ver com esquerda ou direita, são barbaridades”, denunciou.

“Vão dizer-me conservador por acreditar em a família, bom, acredito em a família, e creio que esta ideologia de gênero, estas novelerías, destroem a família convencional que segue sendo, e creio que seguirá sendo, felizmente, a base de nossa sociedade”, assinalou.

“Atenciosos com esses extremos”, advertiu.