Equador: Correa recusa ideologia de gênero e afirma que defender a família é questão moral
Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2014
Em seu último comício político de 2013, realizado o 28 de dezembro, o presidente de Equador, Rafael Correa, criticou a ideologia de gênero que “academicamente não resiste a menor análise”, pois destrói à família, e assegurou que seu defesa da família e sua oposição ao aborto “não tem nada que ver com esquerda ou direita” senão que é uma questão moral.
Rafael Correa assegurou que “uma coisa é o movimento feminista por igualdade de direitos, que o apoiamos de todo coração. Mas de repente há uns excessos, uns fundamentalismos nos que se propõem coisas absurdas. Já não é igualdade de direitos, senão igualdade em todos os aspectos, que os homens pareçam mulheres e as mulheres homens. ¡Já basta!”.
O presidente equatoriano criticou a ideologia de gênero que “se ensina em alguns colégios e que mantêm algumas asambleístas nossas”. “Eu respeito muito isso, mas o que também não é correto é que o tratem de impor suas crenças a todos”, demandou.
O que propõe esta ideologia, assinalou Correa, é que “basicamente não existe homem e mulher natural, o que o sexo biológico não determina ao homem e à mulher, senão as ‘condições sociais’. E que um tem ‘direito’ à liberdade de eleger inclusive se um é homem ou mulher. ¡Vamos, por favor! ¡Isso não resiste a menor análise! ¡É uma barbaridade que atenta contra tudo! Leis naturais, contra tudo”.
Correa assinalou que apóia a igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas não “igualdade em todos os aspectos, porque somos graças a Deus homens e mulheres diferentes, complementares, e não é que se trate de impor estereótipos, mas que bom que uma mulher guarde seus rasgos femininos, que bom que um homem guarde seus rasgos masculinos”.
“Eu prefiro a mulher que parece mulher, e creio que as mulheres preferem os homens que parecemos homens”, assinalou.
Rafael Correa vaticinou que por defender a família e opor-se ao aborto “vou ser o ‘carvernícola’, que não estou à vanguarda do pensamento civilizatório. A outros com esses contos. Todos lutamos pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas outra coisa são estes movimentos feministas fundamentalistas que já procuram que homens e mulheres sejam igualzinhos”.
“E lhes insisto, essa ideologia, para mim, é peligrosísima”, remarcou, e advertiu que “não são teoria, é pura e dura ideologia, muitas vezes para justificar o modo de vida daqueles que geram essas ideologias. Que os respeitamos como pessoas, mas não compartilhamos em absoluto essas barbaridades que academicamente sim o posso dizer, são barbaridades que não suportam a menor análise e que destroem a base da sociedade, que segue sendo a família convencional”.
Correa, quem se considera um político de esquerda, criticou aos setores que consideram que “quem não se adscribe a estas coisas não é de esquerda, se um não é pró aborto não é de esquerda”.
“Isso não tem nada que ver com esquerda ou direita, são barbaridades”, denunciou.
“Vão dizer-me conservador por acreditar em a família, bom, acredito em a família, e creio que esta ideologia de gênero, estas novelerías, destroem a família convencional que segue sendo, e creio que seguirá sendo, felizmente, a base de nossa sociedade”, assinalou.
“Atenciosos com esses extremos”, advertiu.
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