A agressão não pode ser um ato de fé, diz o Papa sobre incidente em catedral argentina
Quinta-feira, 21 de Novembro de 2013
O Papa Francisco recebeu a seis membros do Comitê Latinoamericano de Líderes Religiosos de Religiões pela Paz, e reiterou sua condenação ao anti-semitismo, assinalando que “a agressão não pode ser um ato de fé”, em referência à agressão verbal de um grupo de pessoas identificadas como lefebvristas contra os judeus que o 12 de novembro foram à Catedral de Buenos Aires para comemorar um ano mais da Noite dos Cristais Rompidos.
"A prédica da intolerância é uma forma de militância que deve ser superada", adicionou o Pontífice. Estas palavras foram valorizadas pelo diretor executivo do Congresso Judeu Latinoamericano (CJL), Claudio Epelman, quem participou do encontro e destacou que "o Papa nunca deixa de surpreender-nos com sua sensibilidade e o profundo interesse que mostra por seus interlocutores".
"Com este encontro, o Papa pôs de manifesto, uma vez mais, seu firme compromisso pessoal para a construção de pontes entre as religiões e para trabalhar junto a todos nós para assegurar a paz", sublinhou.
Além do diretor executivo do CJL, também participaram o Arcebispo de Aparecida (Brasil), Cardeal Raymundo Damasceno; bem como o argentino Mohamad Achar, da Organização Islâmica para América Latina; o venezuelano Samuel Olson, da Aliança Evangélica Latinoamericana; Felipe Adolf, presidente da Conferência Latinoamericana de Iglesias Protestantes; e o peruano Elias Szczytnicki, secretário de Religiões pela Paz.
O 12 de novembro um grupo de pessoas identificadas como "lefebvristas" tentou impedir rezando o Rosário e o Padrenuestro aos gritos, com uma atitude provocadora, a comemoração pelos 75 anos do pogrom alemão conhecido como "Kristallnacht", que deu início à perseguição e extermínio dos judeus no regime nazista.
Os manifestantes, em sua maioria jovens acompanhados por dois sacerdotes e adultos, também repartiram volantes com a lenda "Fora adoradores de deuses falsos do tempero santo".
Depois decidiram abandonar a Catedral para permitir o início da comemoração com a presença do Arcebispo de Buenos Aires, Mons. Mario Poli, o rabino Abraham Skorka e representantes de outras confissões cristãs.
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