Suíça e Alemanha: Divulgado primeiros resultados do sínodo sobre a família
Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2014
A grande maioria dos católicos suíços reconhece a importância do matrimônio religioso e da educação religiosa dos filhos, por outro lado, mantém reservas sobre ensinamentos da Igreja acerca da família, matrimônio e sexualidade.
Em extrema síntese, esses são os primeiros resultados da consulta – a pedido da Conferência Episcopal Suíça (CES) – feita pelo Instituto de sociologia pastoral de São Galo, em vista do Sínodo extraordinário sobre a família convocado pelo Papa Francisco a realizar-se em outubro deste ano.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira. Já foram recebidas 25 mil respostas até agora, 87% dos cantões germanófonos, 9% dos cantões francófonos e cerca de mil respostas da Suíça italiana. Trata-se de leigos engajados na vida eclesial e informados sobre a doutrina da Igreja.
Ressalta-se que a pesquisa não encontrou diferenças substanciais nas respostas dos diferentes grupos de pertença linguística, sexual e de geração. O escrutínio dos resultados ainda não foi completado, mas agora já começa a delinear-se um quadro muito claro.
O matrimônio religioso é considerado importante para 80% dos participantes da sondagem, enquanto a quase totalidade considera fundamental a educação religiosa em família. Contrastam-se com essas respostas as que estão relacionadas ao Magistério católico acerca do matrimônio, família e sexualidade.
Em particular, é muito difusa a incompreensão da exclusão dos Sacramentos para os católicos divorciados, considerada discriminatória e em contraste com a caridade cristã.
Registram-se também fortes reservas aos ensinamentos da Igreja sobre o controle natural da natalidade, praticado por apenas 3% dos fiéis, e mais em geral sobre a visão da sexualidade humana, bem como sobre vários aspectos da doutrina sobre a família, em particular em relação à convivência antes do matrimônio.
Por outro lado, observa-se uma certa polarização sobre o reconhecimento por parte da Igreja das uniões entre pessoas do mesmo sexo: 60% dos entrevistados auspicia alguma forma de reconhecimento, como uma bênção (não o matrimônio), enquanto 40% se diz decididamente contrário.
A mesma consulta realizada na Alemanha, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira pela Conferência episcopal local, apresenta posições similares.
Se, por um lado, muitos católicos alemães se reconhecem no ideal da Igreja de uma família estável e unida, por outro, os dados revelam que "as posições da Igreja sobre relações pré-matrimoniais, homossexualidade, divorciados recasados e controle da natalidade são rejeitadas pela grande maioria". (RL)
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