12 de Novembro de 2025

Papa promove encontro para combater tráfico de pessoas em todo mundo

Sexta-feira, 23 de Agosto de 2013 Papa promove encontro para combater tráfico de pessoas em todo mundo

Respondendo ao pedido que fizesse o Papa Francisco para que se estabeleça um plano de ação para combater o tráfico de pessoas, a Pontifícia Academia das Ciências, a Academia Pontifícia das Ciências Sociais e a Federação Mundial de Associações Médicas Católicas (FIAMC) realizarão um encontro sobre este tema os dias 1 e 2 de novembro.

A nível mundial 20,9 milhões de pessoas são vítimas de trabalhos forçados que inclui trata de pessoas com fins de exploração trabalhista e sexual, segundo um estudo feito entre os anos 2002 e 2010 e que fora apresentado no 2012 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Neste estudo também se afirma que cada ano 2 milhões de pessoas são vítimas de trata com fins sexuais, 60 por cento delas são meninas.

O Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, Mons. Marcelo Sánchez-Sorondo, assinalou que “é tão importante” responder a este desejo do Papa e que ademais estão agradecidos do que o Santo Pai “tenha identificado um dos dramas sociais mais cruciais de nosso tempo” segundo informou Rádio Vaticana.

Mons. Sánchez-Sorondo disse que nenhum pode negar que a trata de pessoas “é uma terrível ofensa à dignidade humana e uma grave violação dos direitos humanos fundamentais".

Mencionou também que o tráfico de órgãos humanos é um dos temas que será parte deste encontro e recordou que o Concílio Vaticano II já afirmava que “a escravatura, a prostituição, a venda das mulheres e os jovens, bem como as condições ignominiosas de trabalho” onde as pessoas são tratadas como instrumentos são “vergonhosos”.

O Beato JOÃO PAULO II dizia que “o alarmante aumento da trata de seres humanos é um dos riegos econômicos, sociais e políticos urgentes relacionados com o processo da globalização”.

O Bispo Sánchez-Sorondo afirma ademais do que frente a este problema do que “as ciências naturais podem proporcionar novas ferramentas para ser utilizadas na contramão desta nova forma de escravatura, como um registo digital para comparar o DNA dos meninos desaparecidos não identificados (inclusos os casos de adoção ilegal)".

Mons. Sánchez-Sorondo indicou que para alguns observadores esta atividade criminosa que recentes investigações já a assinalam em primeiro lugar por sua presença cada vez mais amenzante, em poucos anos superará o tráfico de drogas e armas por ser a mais lucrativa no mundo.

A maioria das vítimas de exploração sexual são de origem asiática, latinoamericano e os países de origem soviética.