13 de Novembro de 2025

O que ensina a Igreja sobre a homossexualidade, explica futuro cardeal Sebastián Aguilar

Terça-feira, 21 de Janeiro de 2014 O que ensina a Igreja sobre a homossexualidade, explica futuro cardeal Sebastián Aguilar

O Arcebispo Emérito de Pamplona e Tudela (Espanha), Mons. Fernando Sebastián, concedeu uma extensa entrevista na que, entre outros importantes temas, explica a postura do Papa Francisco sobre a homossexualidade, que é a da Igreja como o Santo Pai disse em diversas ocasiões.Numa entrevista publicada ontem pelo diário Sul de Málaga e que gerou uma série de críticas de parte de diversos meios e do lobblobby gay, o Arcebispo afirma que “o Papa extrema os gestos de respeito e estima a todas as pessoas, mas não trai nem modifica o magistério tradicional da Igreja.

Uma coisa é manifestar acolhida e afeto a uma pessoa homossexual e outra, justificar moralmente o exercício da homossexualidade”.“A uma pessoa lhe posso dizer que tem uma deficiência que é o que é, mas isso não justifica que deixe de estimá-la e ajudá-la. Creio que essa é a postura do Papa, o mesmo respecto do casal homossexual ou os divórcios. Vamos estar a seu lado, mas a Igreja não pode mudar as exigências da moral”.O Arcebispo recorda depois que “o amor sempre pede fidelidade e ser irrevogável. O amor humano é o que é e a Igreja tem que defender a verdade e a autenticidade profunda do homem, ajudando a todos, aos que o realizam bem e aos que se equivocam ou falham”.Ao ser perguntado sobre o uso da palavra “deficiência”, que gerou diversos ataques contra o Bispo, Mons. Sebastián disse que “muitos se queixam e não o toleram, mas com todos os respeitos digo que a homossexualidade é uma maneira deficiente de manifestar a sexualidade, porque esta tem uma estrutura e um fim, que é o da procriação. Uma homossexualidade que não pode atingir esse fim está falhando. Isso não é um ultraje para ninguém”.“Em nosso corpo temos muitas deficiências. Eu tenho hipertensão, vou enfadar porque me o digam? É uma deficiência que tenho que corrigir como possa.

O assinalar a um homossexual uma deficiência não é uma ofensa, é uma ajuda porque muitos casos de homossexualidade se podem recuperar e normalizar com um tratamento adequado. Não é ofensa, é estima. Quando uma pessoa tem um defeito, o bom amigo é o que se o diz”.O Papa crê que todos podem ser bons filhos de DiosEl Prelado contou ademais do que no ano 2006 o então Cardeal Bergoglio, que tinha dirigido uns exercícios espirituais nos que participou, disse-lhe que lia todos seus escritos e que era seu “aluno”: “Me deu uma grande alegria. Quando publicas coisas não sabes onde vai. Foi uma grata surpresa e não pensava mais em isso”, afirmou.O Arcebispo sublinhou depois que “o Papa Francisco é um homem de paz, de compaixão e de muito afeto para o ser humano. Acredita em o homem, em que todos podemos chegar a ser bons e filhos de Deus. Em isso está o segredo de sua afabilidade, de sua constância e de seu atrativo, em que a gente descobre a boa vontade do Papa”.“Deus fez aos homens bons, øfê-los para ir ao céu todos. Há que procurar essa veta profunda de bondade que têm todos os homens. Para evangelizar, há que apartar os entulhos da vida e descobrir a impressão de Deus, øveta-a boa que leva toda pessoa em seu coração.

Quem não quer ser bom, ser feliz e procurar a estima dos demais?”Esta atitude do Santo Pai, disse o Prelado, “nos ensina a ser ao mesmo tempo muito humanos e muito religiosos. Isso é fundamental para superar a distância e a ruptura que há entre a Igreja e muitos setores de nossa sociedade, que não esperam nada nem se fiam dela. Os laicos têm que ver o bom desejo da Igreja e esta também tem que descobrir o bom desejo profundo dos não cristãos. Todos podemos congeniar porque todos temos a mesma marca de Deus”.Para o Prelado, o Papa Francisco “tem esse dom da eficácia que na Igreja não é tão fácil, porque nela há que governar sempre com o máximo de justiça e de consideração às pessoas. Mas também não se pode descuidar a primazia do bem comum. Por isso estou convicto de que irá fazendo tudo o necessário para o bom depoimento da Igreja ante o mundo. Isso é um estímulo inclusive fora da Igreja, para que todos os governantes se animem a governar em favor do bem comum e não da condescendência com os gritos e as pressões”.O ensino da Igreja sobre a HomosexualidadLo dito pelo Arcebispo está em linha com o ensino católico respecto da homossexualidade, que está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que:Os homossexuais "devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Se evitará, com respeito a eles, todo signo de discriminação injusta".

A homossexualidade, como tendência é "objetivamente desordenada", que "constitui para a maioria deles (os homossexuais) uma autêntica prova".Apoiado na Sagrada Escritura "a Tradição declarou sempre que "os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados", "não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual" e por tanto "não podem receber aprovação em nenhum caso"."As pessoas homossexuais estão telefonemas à castidade" e "mediante o apoio de uma amizade desinteressada, da oração e a graça sacramental, podem e devem acercar-se gradual e determinadamente à perfeição cristã".