14 de Novembro de 2025

O Bom Ladrão: publicado livro sobre o primeiro santo da igreja

Terça-feira, 15 de Abril de 2014 O Bom Ladrão: publicado livro sobre o primeiro santo da igreja

O Arcebispo de Bogotá e Primado de Colômbia, Cardeal Rubén Salazar, explicou que a Semana Santa “é a celebração central da nossa fé” na que o amor de Deus se mostra de uma maneira única, que pede aos fiéis transmitir esse amor de maneira concreta aos demais, vivendo o perdão e a reconciliação.

Assim o indicou o Prelado em entrevista concedida ao diário O Tempo, publicada o 12 de abril. O Purpurado assinalou que na Semana Santa se mostra “de uma maneira absolutamente única o amor de Deus por nós. Por tanto, são acontecimentos que convidam a viver profundamente o amor a Deus, que tem que se manifestar no amor aos demais”.Sobre o papel da Igreja nos novos tempos, o Arcebispo indicou que, essencialmente, é o “mesmo que teve sempre, adaptando-se às novas circunstâncias e realidades políticas, A editorial Voz de Papel publicou em espanhol pela primeira vez o livro “O Bom Ladrão. Mistério da Misericórdia”, obra do autor canadense André Daigneault, traduzida e completada pelo sacerdote Álvaro Cárdenas.O Bom Ladrão, conhecido como San Dimas, foi o primeiro santo da história da Igreja. Crucificado à direita de Jesucristo, reconheceu-lhe como Filho de Deus. Suas palavras foram “Lembrar-te de mim quando chegues a teu Reino”, e obteve de Cristo a promessa que não fez a ninguém mais: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.

O livro “O Bom Ladrão. Mistério da Misericórdia” foi escrito por Daigneault, mas o P. Cárdenas traduziu e completado esta edição que contém a maior documentação jamais reunida sobre o que escreveram sobre San Dimas os Pais da Igreja e os Papas.“Há três anexos. Um dos Pais da Igreja no que procuramos e descoberto uns textos preciosos sobre este santo. Um segundo anexo sobre o que disseram sobre ele JOÃO PAULO II, Benedicto XVI e também o Papa Francisco, e uma terceira parte com textos de doutores eclesiásticos e teólogos”, assegurou o P. Álvaro Cárdenas, sacerdote da diocese de Getafe, Madri (Espanha).O P. Cárdenas explicou a EWTN Notícias que o Bom ladrão foi “o primeiro que acreditou em Deus de uma maneira excepcional, porque todos os apóstolos e os que seguiram a Jesús lhe creram por seus milagres, curas e signos, mas depois lhe abandonaram e deixaram só até depois da Ressurreição”.

“Mas o Bom ladrão não viu nenhum signo, não viu a Jesús ressuscitado, não viu línguas de fogo. Senão que se encontra com Jesús no pior momento, mas é capaz de reconhecer nele ao Filho de Deus, por isso os Santos Pais não deixam de dar louvores da fé deste homem, que é irrepetível”, conta o P. Cárdenas.

O Bom ladrão desde esse momento de fracasso e ruína pessoal que é a cruz, “encontra a mirada de Jesús que entra no mais profundo de seu coração, revela-lhe o amor de Deus e ele se agarra à certeza de do que esse amor é maior que todos seus pecados, que todos seus crimes, que todos seus erros, e se agarra a Cristo quando lhe diz ‘Jesús @lembrar-te de mim quando estejas no paraíso’”, explicou o P. Cárdenas.Por isso San Dimas é o grande exemplo espiritual de que a conversão é obra gratuita de Deus, algo que se explica neste livro. “É o primeiro santo da história, é um protótipo da santidade, o primeiro que entrou em Seu Reino. Pelo que se vê uma revelação muito grande da Misericórdia de Deus que escolheu ao mais perdido, a um ladrão, um criminoso para revelar-nos sua misericórdia e a bondade de Deus que salva até no último extremo”, afirmou. Precisou que “a figura do Bom Ladrão nos recorda que qualquer pessoa com a pior vida que tenham podido ter, até o último momento, podem santificarse, não digamos salvar-se porque a santidade não é o fruto de nossas boas obras, de nossos esforços, não é uma construção humana, senão um dom da Misericórdia de Deus”.

O P. Cárdenas conta que em seu trabalho como sacerdote, a figura do Bom ladrão lhe ajudou a que pessoas apartadas durante toda sua vida da fé voltem à Igreja em seu leito de morte.“A uma pessoa a confessei durante uma semana inteira porque queria uma confissão geral de sua vida, por isso durante sete dias ia a sua casa umas horas pela manhã e ele me abriu seu coração. Sua oração era esta: ‘Jesús @lembrar-te de mim quando estejas no paraíso’. Ficou transformado por esta mensagem de esperança, morreu em paz, apesar de ter estado implicado no mal durante muitos anos com uma vida muito difícil. Mas morreu com paz e foi muito bonito”, explica o autor da edição espanhola do livro. (EWT Noticias)