12 de Novembro de 2025

Não somos gays nem protestamos contra nenhuma lei, declararam atletas russas que se beijaram

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2013 Não somos gays nem protestamos contra nenhuma lei, declararam atletas russas que se beijaram

As atletas russas Kseniya Rizhova e Yulia Guschina criticaram à imprensa por ter dito que o beijo que se deram depois de triunfar na posta 4 x 400 foi em apoio à comunidade gay; e indicaram que ambas são mulheres casadas e que não estão protestando contra a lei que proíbe a promoção da homossexualidade, tal como também tinha especulado a imprensa.

“Em vez de (fixar-se em) as felicitações, dessa alegria que experimentamos por nossa equipe, por nosso país, a gente se fixa em outras coisas”, expressou Rizhova numa conferência de imprensa. “Ontem recebi 20 telefonemas telefônicos de diferentes órgãos de imprensa que, em lugar de felicitar-me, decidiram humilhar-me com essas perguntas“, adicionou a atleta russa citada pela agência Itar-Tass.

A campeã mundial disse que ela e seu colega Gúschina são casadas e boas amigas. “É lamentável que o fato de que nos tocássemos com os lábios durante a felicitação tenha servido de base para algumas fantasias”, aseveró. “O que nos enfadou foi que (os meios) fixassem-se em algo que merecia nenhum atendimento”, adicionou.

Por sua vez, Guschina qualificou de “desvairos enfermiços” as especulações sobre o beijo no pódio. Ao ser perguntada sobre a recém aprovada lei contra a propaganda homossexual em Rússia, Rizhova disse que não está informada do tema e que ambas só têm estado concentradas no Mundial de Atletismo.

Faz uns dias a também campeã mundial de atletismo, a russa Yelena Isinbayeva exigiu aos atletas estrangeiros que participavam no torneio realizado em Moscou respeitar as leis de Rússia, entre elas a atual lei que proíbe a promoção da homossexualidade.

"Não tentamos impor nossas leis ali onde vamos, senão que nos mostramos respeitosos", adicionou a campeã mundial de salto com pértiga. Em Rússia, indicou, "estamos contra sua promoção (da homossexualidade), não, obviamente, contra a livre eleição de cada pessoa. É sua vida, é sua eleição, seus sentimentos, mas estamos na contramão de sua promoção e eu apóio ao Governo".