Igreja excomunga a sacerdote depois de persistente desobediência e apoio a agenda gay
Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013
O Bispo de Bauru (Brasil), Mons. Caetano Ferrari excomungou ao sacerdote Roberto Francisco Daniel, conhecido como "Pai Beto", quem com suas atitudes de persistente desobediência e apoio à agenda gay, contrária à doutrina da Igreja, cometeu o delito canónico de “heresia e cisma”.
Roberto Francisco Daniel defendeu o “amor” dos casais bissexuais, inclusive em adultério, indicando como exemplo que “o homem se apaixona de outro homem ou a mulher se apaixona por outra mulher, os dois sendo casados”.
Em declarações difundidas em YouTube, em seu lugar web, em homilias e na imprensa, o sacerdote excomungado respaldou o estilo de vida gay, qualificou à Igreja de “homofóbica”, e assegurou que “a diversidade sexual existe, e há muitos textos na Bíblia que já não podemos considerar palavras de Deus”.
Roberto Francisco Daniel era conhecido ademais por seu hábito de freqüentar cervejarias e vestir camisetas do guerrilheiro comunista Ernesto “Che” Guevara.
Num comunicado publicado o 29 de abril, a Diocese de Bauru indicou que Roberto Francisco Daniel “em nome da ‘liberdade de expressão’, traiu o compromisso de fidelidade à Igreja à qual jurou servir o dia de sua ordenação sacerdotal”.
“Estes atos provocaram um forte escândalo e feriram a comunhão eclesial. Sua atitude é incompatível com as obrigações do estado sacerdotal que deveria amar, pois foi ele quem solicitou à Igreja a Graça da Ordenação”.
A mensagem da diocese brasileira assegura que Mons. Caetano Ferrari, “com a paciência e caridade de pastor, faz muito que veio procurando o diálogo para superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação”.
No entanto, indicou a mensagem, “esgotadas todas as iniciativas e tendo em conta o bem do Povo de Deus, o Bispo Diocesano nomeou a um sacerdote canonista perito em Direito penal Canónico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar esta questão e aplicar a ‘Lei da Igreja’, visto que o P. Roberto Francisco Daniel rehúsa qualquer diálogo e colaboração”.
“O juiz tentou uma última vez estabelecer um diálogo com o referido sacerdote que reagiu agressivamente, na Curia Diocesana, na qual renunciou a estabelecer qualquer diálogo. Esta tentativa teve lugar na presença de cinco membros do Conselho Presbiteral”, assinalou.
O Pai Roberto Francisco Daniel, indicou o comunicado, “feriu à Igreja com suas declarações, consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e cometeu uma deliberada rejeição de obediência a seu pastor (obediência que tinha prometido no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, por tanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma, cuja pena prescrita no cânon 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canónico, é a excomunhão anexa a estes delitos”.
“Nesta grave pena o referido sacerdote incorreu com livre vontade e com consciência de seus atos”, explicou a diocese.
Respondendo a que “uma das obrigações do Bispo Diocesano é defender a Fé, a Doutrina e a Disciplina da Igreja”, a Diocese de Bauru advertiu que “o Pai Roberto Francisco Daniel não pode já celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem também não receber a Santísima Eucaristia), pois está excomungado”.
“A partir desta decisão, o juiz instrutor iniciará os procedimentos para a demissão do estado clerical e enviará a Roma ditos procedimentos”, assinalou.
A diocese brasileira põe com isto “’ponto final’ nesta dolorosa história”, e expressa sua oração para que Deus “alumie ao Pai Roberto Francisco Daniel para que tenha a valentia e a humildade de reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a Igreja, que é ‘Mãe e Mestra’”.
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