França: Bispo retira a sacerdote que não quis abandonar maçonaria
Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013
O Bispo de Annecy (França), Mons. Yves Boivineau, retirou de seu cargo como pároco da Paróquia Montjoie Arly-Sainte-Anne ao sacerdote Pascal Vesin, ao recusar este a renunciar à logia masónica à que também pertence desde 2001.
A Igreja condenou sempre a maçonaria. Já no século XVIII os Papas o fizeram com muita mais força, e no XIX persistiram em isso. No Código de Direito Canónico de 1917 se excomungava aos católicos que dessem seu nome à maçonaria.
No Código de Direito Canónico de 1983 a menção explícita da maçonaria e a consiguiente excomunhão desapareceram, confundindo a alguns. No entanto, o então Prefecto da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bispo emérito de Roma Benedicto XVI, aclarou numa publicação que os princípios da maçonaria seguem sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações masónicas não podem aceder à Sagrada Comunhão.
Segundo explicou a Diocese de Annecy num comunicado publicado o 26 de maio, “em razão de sua ativa membresía a uma logia masónica”, o P. Vesin “foi apartado de seu cargo pelo Bispo Yves Boivineau, Bispo de Annecy, a pedido de Roma”.
A diocese francesa sublinhou que “apesar da incompatibilidade dos princípios, em termos de fé e seus requerimentos morais, o sacerdote em questão, pároco na diocese de Annecy, é um membro da Grande Logia do Oriente de França desde 2001”.
O Bispo foi informado do caso por uma carta anônima em 2010, recorda o comunicado, no entanto, ao interrogar ao sacerdote, este inicialmente o negou.
Ao ano seguinte, o Bispo solicitou ao P. Vesin “abandonar a Francmasonería para continuar seu ministério sacerdotal”, no entanto, “a pessoa, optando pela ‘absoluta liberdade de consciência’, como se diz, assinalou que sua intenção é viver na membresía dual”.
Com o consentimento do Vaticano, Mons. Boivineau iniciou um diálogo com o sacerdote para resolver o assunto, e “desde o início, o Pai Vesin foi claramente informado da sanção”.
“Mesmo assim, ele decidiu não renunciar à Francmasonería”, assinalou a diocese francesa.
“Em março passado, interveio a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé”, mas “o Pai Vesin reiterou seu desejo de permanecer dentro da Francmasonería”.
Ante sua persistência nesta decisão, “o Bispo lhe notificou as conseqüências de sua eleição”.
Apesar desta última decisão, advertiu a diocese francesa, “nada está fechado, pois de acordo à vontade do Bispo sua sanção, chamada ‘medicina’, pode ser retirada” e fica em poder “do Pai Pascal Vesin manifestar claramente sua decisão de regressar à Igreja”.
“A misericórdia vai com a verdade”, concluiu o comunicado.
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