12 de Novembro de 2025

Descendente de Charles Darwin é firme defensora da fé católica

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2013 Descendente de Charles Darwin é firme defensora da fé católica

Laura Keynes, tátara-tátara-tataranieta do naturalista Charles Darwin, cuja teoria da evolução é usada por muitos ateus para negar a existência de Deus, é uma jovem católica que defende sua fé através de Catholic Voices, de Reino Unido.

Precisamente numa publicação em Catholic Voices, Laura explica sua conversão.

De pai ateu e mãe conversa ao catolicismo, mas depois budista, Laura foi batizada católica. No entanto, em sua adolescência se converteu em agnóstica, afastada “de qualquer contato com a Igreja”.

“Do lado da família de meu pai, o lado Darwin-Keynes”, a jovem recebeu uma influência “altamente racional, cientista, secular, humanista”.

“Meu pai é um neurocientífico, e eu absorvi a visão de que todos os fenômenos são o produto do cérebro material. Gradualmente derivei ao agnosticismo”, recordou.

Foi quando realizava seus estudos de doutorado em Filosofia em Oxford (Reino Unido), e se viu rodeada pelo “Debate de Deus”, depois da publicação de “A miragem de Deus”, de Richard Dawkins, quando começou seu regresso ao seio da Igreja.

“Esperei mudar-me do agnosticismo ao ateísmo por seus argumentos, mas depois de ler a ambos lados do debate, não podia desestimar um caso convincente a favor da fé”, recordou.

“Quanto a ser boa sem Deus, tinha-o tentado e não tinha chegado muito longe. Em algum ponto, a vida te põe de joelhos, e nenhum ato de vontade é suficiente nessa situação. Render-se e pedir a graça é a resposta humana lógica”, assegurou.

O debate a levou a concluir que “o novo ateísmo parecesse albergar um germe de intolerância e desprezo pela gente, que só poderia nsocavar os reclamos humanistas seculares ao liberalismo”.

“Se o ateísmo assegura que a superioridade intelectual está reforçada pela habilidade característica de meu ancestral de explorar e analisar as inconsistências na evidência, então a mesma característica familiar me levou para uma avaliação cética do que se pode e o que não se pode conhecer absolutamente”.

Laura voltou a rezar o Rosário durante a prolongada doença de sua avó, quando “nessas longas horas ao custado de sua cama, recordei o poder redentor do sofrimento de Cristo”.

“Ver a morte me fez questionar-me sobre o espírito: que é, de onde vem, a onde vai. Assim que para então, estava desenvolvendo um acordar espiritual, mas não tinha dado o passo de regresso à Igreja Católica. Esse passo veio depois de muita reflexão e leitura”.

Laura assegurou que sua eleição livre de ser católica “depois de muita análise e pensamento, e que não me lavaram a cabeça para entrar, desconcertou tanto a meus amigos como a minha família”.

“Escutei um comentário: ‘Mas ela parecia ser uma garota inteligente’. Assim que quando a gente pergunta ‘uma Darwin e uma católica’?, o que estão dizendo é que quebrei as expectativas”.

Laura assegura que os “ateus preferem a certeza e usam a teoria da evolução de Darwin para assegurar categoricamente que Deus não existe, manipulando a Darwin em seu argumento numa forma com a que o próprio Darwin estaria incômodo”.

Darwin, disse a jovem apologeta, “se dedicou a seguir à evidência a onde o levava, não a derrubar o cristianismo. A evidência não tem que concluir inevitavelmente no materialismo, mas, por diversas razões culturais, aqui é a onde levou: o materialismo e a cultura da morte”.

“Esta é a verdadeira batalha: a cultura da vida, apoiada pelo cristianismo, frente à cultura da morte, apoiada pelo materialismo".

Laura, que recentemente visitou Roma pela primeira vez, como parte de uma peregrinação pelo Ano da Fé, assegurou que esta “certamente põe um pouco de combustível no tanque espiritual”.

“O precisarei. Há muito trabalho por diante”, concluiu.