12 de Novembro de 2025

Debilitação da vida de fé provocou a crise matrimonial, afirma arcebispo

Sexta-feira, 30 de Agosto de 2013 Debilitação da vida de fé provocou a crise matrimonial, afirma arcebispo

O Arcebispo de Correntes (Argentina), Mons. Andrés Stanovnik, exortou aos argentinos a recuperar a vida de fé porque a falta desta é a que provocou o debilitamento da instituição matrimonial e do respeito pela vida humana.

“Os sintomas mais fundos da crise do casal cristão e a família há que os procurar no debilitamento da vida de fé (...). Essa fragilidade sobreve com uma perda gradual da visão cristã da vida, neste caso da vida conjugal e familiar, causada por múltiplos fatores, entre os quais devemos colocar uma verdadeira inconsistência na formação cristã e, em conseqüência, uma escassa prática da vida de fé”, assinalou durante o Encontro Regional da Pastoral Familiar do Nordeste Argentino (NEA).

Mons. Stanovnik indicou que este debilitamento da vida de fé também está trazendo conseqüências na vida sacerdotal e consagrada. “Quando esta diminui, a vida em lugar de expandir-se se repliega sobre si mesma e, como conseqüência, padece também o entusiasmo pela missão, que sempre supõe ir ao encontro, deixar a própria orla, e ‘navegar mar adentro’. A fé só cresce e se fortalece crendo, isto é, levando-a à prática”, indicou.

Em sua exposição “Estilo pastoral no Ano da Fé”, o Arcebispo de Correntes assegurou que “reavivar a fé significa devolver-lhe uma nova vitalidade. Já que a fé é antes de mais nada dom e não produto de estratégias pastorais, é necessário suplicá-lo. Tanto o Papa Benedicto XVI como o Papa Francisco, coincidem na importância primordial da oração e a adoração”.

“Se observamos o coro das virtudes, não só as ‘grandes’ virtudes –as virtudes teologales (fé, esperança e caridade) e as cardiais (prudência, fortaleza, justiça, temperança)– senão também a multidão das ‘pequenas’ virtudes da vida cotidiana (ordem, pontualidade, laboriosidad, atendimento ao outro, disponibilidade à escuta, sinceridade, gratidão, reconhecimento, etc.), vemos que as bases humanas de tais virtudes residem no ‘humus’ de uma vida familiar na que cada um se orienta ao outro em ‘um verdadeiro modo’, o que chamamos precisamente ‘familiar’, caracterizado pelo dom recíproco”, sublinhou.

Por isso, exortou aos fiéis “a encarar uma Pastoral Familiar que acompanhe às famílias e as ajude a ser ‘lugar afetivo’ e cultural no que se geram, transmitem-se e recreiam os valores comunitários e cristãos mais sólidos e se aprende a amar e a ser amado”.