12 de Novembro de 2025

Cristãos no Egito sofrem jihad ou GUERRA SANTA islâmica, alerta especialista

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2013 Cristãos no Egito sofrem jihad ou GUERRA SANTA islâmica, alerta especialista

A advogada Nina Shea, diretora do Centro para a Liberdade Religiosa do Instituto Hudson e co-autora do livro "Perseguidos: O Ataque Global contra os Cristãos", advertiu que os cristãos em Egito "estão enfrentando uma Jihad", uma guerra santa islâmica.

Num texto publicado no lugar web National Review Online, Shea denunciou que a "agressão violenta dos Irmãos Muçulmanos de Egito e outros islamistas, incluindo aqueles próximos a Al-Qaeda, segue estando dirigida a uma das mais antigas comunidades cristãs".

"O partido Liberdade e Justiça dos (autodenominados) Irmãos Muçulmanos tem estado incitando à matança e violência em suas páginas web e de Facebook. Uma dessas páginas, publicada o 14 de agosto, faz uma lista de dados contra a minoria cristã copta, culpando-a somente a ela da repressão dos militares contra os Irmãos Muçulmanos".

De acordo a Shea, os Irmãos Muçulmanos estão difundindo a idéia de que os cristãos coptos declararam "uma guerra contra o Islã e os muçulmanos" e advertem que "para cada ação há uma reação".

A advogada lamentou que "a letanía de ataques" contra igrejas cristãs na região "é longa", pois "até a noite do domingo, ao redor de 58 igrejas, bem como vários conventos, mosteiros e escolas, bem como lares e negócios cristãos, inclusive a YMCA (Associação Cristã de Jovens), foram reportadas como saqueadas e queimadas, ou sujeitas de destruição a mãos de revoltosos islamistas".

Tawadros II, líder da Igreja Copta Ortodoxa de Egito, "permanece oculto, e muitos serviços religiosos do domingo não se realizaram, já que os fiéis cristãos permaneceram em casa, temendo por sua vida".

Nina Shea denunciou que até o momento, em Egito "ao redor de uma dúzia de cristãos foram atacados e assassinados somente por ser cristãos".

"Pela primeira vez em 1600 anos, as orações do domingo foram canceladas no Mosteiro Ortodoxo da Virgem María e Priest Ibram, em Degla, ao sul de Minya, porque as três igrejas foram destruídas pela multidão".

Shea assinalou ademais do que na capital do país, O Cairo, "freiras franciscanas viram como a cruz sobre a porta de sua igreja foi derrubada e substituída por uma bandeira de Al-Qaeda, e a própria igreja foi queimada".

"A  Irmã Manal, a superiora, informou que três freiras foram levadas pelas ruas como prisioneiras de guerra, enquanto as multidões da comunidade lhes ‘lançavam insultos’ enquanto passavam".

O vocero dos Bispos Católicos de Egito, P. Rafic Greiche, informou à agência de notícias vaticana Fides, que 14 das igrejas destruídas pelos extremistas muçulmanos são católicas, enquanto as demais pertencem à igreja copta ortodoxa, à grega ortodoxa, à anglicana e comunidades protestantes.

Conquanto os ataques contra os cristãos se realizam em todo o país, concentram-se de forma especial nas zonas de Ao Minya e Assiut, onde, de acordo ao P. Greiche, estão os quartéis gerais dos "jihadistas".

Nina Shea lamentou que apesar de que o movimento que derrocou ao ex presidente Mohamed Morsi, filiado aos Irmãos Muçulmanos, envolveu a "grupos de esquerda, feministas, estudantes, intelectuais, pessoas de negócios, secularistas, sem mencionar aos militares", é a "comunidade cristã de Egito, que soma o 10 por cento da população, a que se leva a pior parte da ira islâmica".

Dirigidos pelos Irmãos Muçulmanos, e incluindo a grupos filiados a Al-Qaeda, os extremistas muçulmanos estão realizando "uma campanha de limpeza religiosa, de ‘purificação’ islâmica", disse Shea.

E enquanto "a jihad chegou ao país maior do mundo árabe, nossos líderes de relações exteriores e a imprensa ignoram este giro de eventos sob nossa responsabilidade".