Cardeal Cipriani pede não fazer “caricatura” do casal com uniões homossexuais
Segunda-feira, 16 de Setembro de 2013
Ante a proposta de um congressista peruano de abrir as portas às uniões homossexuais no país, o Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani, pediu não fazer uma “caricatura do casal”.
No programa de rádio Diálogo de Fé, transmitido o 14 de setembro em RPP, o Cardeal Cipriani assinalou que o projeto proposto pelo congressista Carlos Bruce “é uma estratégia velha que já começou em Espanha, Itália e França pondo o sapato na porta por esta lei e acabam pedindo o ‘casal igualitário’ entre homossexuais”.
“É uma lei da que não estou de acordo, não penso que é uma exclusão de ninguém, o que quer ter sua relação (homossexual) tem o direito civil para que faça seus contratos, mas não faz falta que façam a caricatura do casal. Se têm outra opção que façam o que queiram mas não elegemos congressistas para justificar sua própria opção”.
Uma enquete realizada em meados deste ano por Ipsos-Peru revelou que o 76 por cento de cidadãos peruanos se opõe às uniões homossexuais e negaria seu voto a candidatos que as promovam.
O Arcebispo de Lima respondeu ademais a quem prognosticaram recentemente “o fim do Cardeal Cipriani em Lima”.
Quem difundem esses rumores, advertiu “são gente radical que não sabem o que é a igreja nem sabe o que são os cardeais. Há que nos afastar dessa tentativa de turbulência. O Papa é um homem de paz, de muito entendimento e misericórdia, que está abrindo suas portas de par em par para conseguir o máximo de conversão para que a gente senta que a misericórdia de Deus é infinita”.
“Não levemos esses gestos do Papa a uma ação política particular, isso é interpretá-lo malévolamente”, assinalou.
O Cardeal reiterou sua total unidade ao Santo Pai, indicando que “a posição que tem todo homem de fé é de absoluto de amor ao Papa”.
“O fim de Cipriani”, indicou o Cardeal, “são palavras de partido político”.
“Lhes conto que estarei o dia 23 de setiembre com o Papa em Roma numa audiência que eu a solicitei porque me parce que é um gesto de cercania, e que me deram de maneira imediata. Não há um fim, senão uma cercania, amizade e carinho muito grande pelo Papa Francisco”.
O Arcebispo de Lima também se referiu ao celibato sacerdotal, tema manipulado por alguns meios seculares depois de um comentário realizado pelo novo Secretário de Estado da Santa Sede, Mons. Pietro Parolin, durante uma entrevista.
O Cardeal Cipriani assinalou que “quando se fala do celibato sacerdotal, todos sabemos que não é um dogma. O celibato é um tesouro para o sacerdocio e é o motivo que atrai a milhões de jovens à vocação sacerdotal”.
“Se está querendo como gerar uma confusão”, advertiu.
O Arcebispo de Lima assinalou que “num mundo em que o relativismo e o hedonismo imperam, compreendo que a castidade e celibato brilham e tratam de socavá-lo com todo tipo de ataques”.
“A igreja proclama a castidade para todos e o celibato como uma condição pelo Reino dos Céus, por um amor maior, somos apaixonados de nosso amor a Jesús, não somos solterones. Fazemo-lo por uma entrega maior que vale a pena”, disse.
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