Canadá: Mãe é proibida de ocupar cargo de direção na educação por ser católica
Segunda-feira, 30 de Setembro de 2013
Uma mãe de família que trabalha dentro do sistema de educação pública Horizon School Division, em Taber, estado de Alberta (Canadá), ao que assistem seus filhos e ao que quando menino assistiu seu esposo, está proibida de fazer parte da junta diretiva só por ser católica.
Em declarações recolhidas pelo Calgary Herald, Tamara Miyanaga, que trabalha no Ace Place Learning Centre, parte do sistema público local, confessou que ao inteirar-se da notícia sentiu que “de repente, minha voz estava restringida por razão de minha fé”.
Efetivamente, a antiga legislação escolar de Alberta estabelece o critério da fé de uma pessoa para determinar se pode aspirar a um cargo administrativo no sistema público.
Leanne Niblock, porta-voz do sistema educativo de Alberta, admitiu que “a elegibilidade para votar por um administrativo para um sistema particular é determinado pela fé”.
“Como no caso do voto, o candidato deve também satisfazer tanto (o requisito de) a residência física e os critérios de residência (tais como a fé) como está definido na seção 44 da Lei de Escolas”, indicou.
Miyanaga indicou que esta restrição “não soava razoável”.
De acordo à legislação estatal, apesar de que seus filhos assistem à escola pública e a família paga seus impostos nessa divisão, devido a sua fé somente pode procurar um cargo administrativo nas escolas católicas da região.
Espera-se que a situação mude com uma nova legislação educativa em Alberta, que deveria ser promulgada em setembro de 2015.
Para o superintendente da Horizon School Division, Wilco Timensen, a situação de Miyanaga se encontra em “um área cinza”, devido ao antiguado da lei que rege atualmente.
“Nossa sociedade está mudando. É certamente uma sociedade diferente do que foi faz cinco anos, faz 10 anos, ou inclusive faz 100 anos”.
Os três filhos de Tamara Miyanaga têm estado no sistema público desde o jardim, e agora que dois deles estão a poucos anos de graduar-se, ela pensou que poderia incorporar-se à diretora para levar algumas idéias de como melhorar o sistema.
Foi quando começou a informar-se sobre o tema que se inteirou do regulamento que lhe restringia de ocupar o posto devido a sua fé.
“Para mim foi muito surpreendente. O que foi ainda mais surpreendente foi como poucas pessoas realmente estão ao tanto do palco”, disse.
Miyanaga solicitou às autoridades que apressem a nova legislação educativa de Alberta, que apagaria a discriminação aos católicos.
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