Arquidiocese do Rio dará entrada no processo de canonização de Guido Schäffer
Sexta-feira, 04 de Abril de 2014
O primeiro passo do processo de canonização do jovem seminarista e surfista Guido Schäffer será dado no dia 12 de maio. Trata-se do pedido de concessão do ‘nihil obstat’, uma espécie de nada consta que é solicitado à Congregação para as Causas dos Santos. Com Guido, serão quatro processos no Rio de Janeiro, de acordo com Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e delegado para a Causa dos Santos.
O seminarista da Arquidiocese do Rio de Janeiro Guido Schäffer faleceu no dia 1º de maio de 2009, com trinta e quatro anos de idade, vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento, enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Guido Schaffer era médico, surfista, seminarista e tinha um profundo amor pelos doentes e mais necessitados. Uma vida dedicada a Deus e ao outro, o que comprova que a santidade pode ser alcançada a partir dos atos normais do cotidiano.
Após sua morte, muitos relatos começaram a surgir sobre a vida de Guido e o seu túmulo virou ponto de visitação frequente. Os testemunhos sobre a dedicação aos pobres, busca de profunda intimidade com Deus, ardor pela evangelização, entre outros fatos, começaram a despertar a atenção da Arquidiocese do Rio, que se interessou em investigar a sua trajetória.
Procedimentos - Dom Roberto Lopes explica que a abertura do processo pode ser solicitada pela ordem ou congregação à qual o candidato fazia parte ou pela diocese/arquidiocese onde ele viveu.
Depois de concedido o ‘nihil obstat’, a causa entra a nível arquidiocesano. Para cada causa é escolhido pelo bispo um postulador, espécie de advogado, que tem a tarefa de investigar detalhadamente a vida do candidato para conhecer sua fama de santidade.
O candidato recebe o título de Servo de Deus quando a causa é iniciada. O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. O postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus. No caso de um mártir, são estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte para comprovar ou refutar o martírio. Ao final desse processo, a pessoa é considerada Venerável.
É necessária a comprovação de um milagre para a beatificação. No caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre. O terceiro e último passo é o milagre para a canonização. Este tem que ter ocorrido após a beatificação. Comprovado o milagre, o beato é canonizado e o novo Santo passa a ser cultuado universalmente.
Até os anos 1200, segundo Dom Roberto, o processo de canonização era a exumação do corpo do candidato, que já era aclamado como santo pela população. A partir de então, foi dado início ao processo para investigar a vida do santo. (Portal A12)
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