A única maneira de ser prudente e justo é sendo santo
Terça-feira, 21 de Janeiro de 2014
O Bispo de San Sebastián (Espanha), Mons. José Antonio Munilla, presidiu esta segunda-feira a Missa na igreja de Santa María em honra de São Sebastião, padrão da diocese, onde afirmou que a única maneira de ser prudente e justo é sendo santos.
"Desde nossa infância, os donostiarras fomos educados na memória deste mártir romano, militar de profissão — membro da guarda pretoriana do imperador Diocleciano, segundo parece —, que deu sua vida por Cristo no século terceiro", explicou o Bispo.
Mons. Munilla assegurou durante a homilia que de maneira mais ou menos consciente na vida se deve optar por construir o bem comum ou procurar o interesse pessoal. "Quem perseguem o bem comum acima de tudo, precisam exercitar-se nas virtudes da justiça e da prudência, para conjugar os interesses pessoais, no contexto de uma perspectiva social. Pelo contrário, quem não perseguem outra coisa que seu próprio interesse, costumam fazer gala de imprudência, obstinação e até de crueldade", afirmou.
Nesse sentido, o Bispo assegurou que "a fé cristã contribui elementos decisivos para o bem comum. Entre outras coisas, a própria crença na existência do bem comum".
Mons. Munilla advertiu que o bem comum não é um "mínimo comum múltiplo, ou um pacto de circunstâncias" e assegurou que "hoje em dia, por desgraça, costuma confundir-se a tolerância com o relativismo, e a prudência com a covardia. Mais ainda, em alguns manuais de ética se apresenta a ética da prudência como incompatível com uma ‘moral heróica’".
Por isso o Prelado explicou que "o decisivo está em entender que a virtude da prudência tem que estar posta ao serviço da justiça". Advertiu que o drama de nossa sociedade consiste em que "a política —sendo muito necessária— chegou a converter-se no único princípio reitor da existência humana".
É a política, segundo o Bispo, a que "pretende decidir o bem e o mau", "redefinir a natureza humana e a própria família" ou "determinar o princípio e o fim da vida humana", entre outros.
"A chave, pois, está em entender que a política é o exercício da prudência social ao serviço do bem comum; isto é, ao serviço da justiça", afirmou Mons. Munilla durante a Missa em honra de São Sebastião. Assegurou que "seria um erro gravíssimo que um valor moral absoluto — como por exemplo é o caso do respeito à dignidade de toda vida humana desde sua concepção — ficasse sem proteção de forma incondicional, em virtude de uma falsa prudência".
Explicou que "quando o exercício da prudência pretende substituir à justiça; ou ao revés, quando a invocação da justiça pretende fazer desnecessária a prudência; então a injustiça e a imprudência terminam por caminhar juntas".
Por isso, convidou aos fiéis a imitar ao Padrão da cidade, pois este santo foi "um homem ‘prudente’ e ‘justo’", algo que poderia resumir-se dizendo que San Sebastián foi "um homem ‘santo’".
A única maneira de ser ao mesmo tempo prudente e justo é sendo santo, afirmou Mons. Munilla, por isso pediu a todos os fiéis da diocese que renovem "o telefonema à santidade que todos os cristãos recebemos no batismo".
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